Jean Piaget - O biólogo que colocou a aprendizagem no microscópio

Jean Piaget (1896-1980) foi o nome mais influente no campo da educação durante a segunda metade do século 20, a ponto de quase se tornar sinônimo de pedagogia. Não existe, entretanto, um método Piaget, como ele próprio gostava de frisar. Ele nunca atuou como pedagogo. Antes de mais nada, Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança.
Do estudo das concepções infantis de tempo, espaço, causalidade física, movimento e velocidade, Piaget criou um campo de investigação que denominou epistemologia genética - isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida.
"A grande contribuição de Piaget foi estudar o raciocínio lógico-matemático, que é fundamental na escola mas não pode ser ensinado, dependendo de uma estrutura de conhecimento da criança", diz Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

FONTE: Revista Nova Escola

Trabalho coletivo

Tradicionalmente, temos dado ênfase ao trabalho individual. A interação entre os pares visando um objetivo comum fica relegada a segundo plano. O poder e o conhecimento têm sua fonte exclusivamente na figura do educador. Ele é o centro de onde emanam as ordens, as orientações, os julgamentos, o apoio e as iniciativas.
Ao pensarmos em trabalho coletivo precisamos considerar uma exigência preliminar: a diversificação do poder.
Devemos adotar, como parte da nossa rotina, as oportunidades de todos falarem e ouvirem sobre os diferentes modos de fazer, pensar, entender, sentir as coisas. Com isso, as crianças perceberão que podem aprender a partir das ideias e experiências do conjunto dos demais membros de seu grupo referência.

Como criar condições adequadas para o trabalho coletivo no ambiente de aprendizado?

Inicialmente, é necessário propor uma produção comum com a participação de todos, coletivamente. As atividades comunitárias como, por exemplo, fazer um bolo para os aniversariantes da turma, organizar a biblioteca da sala, cultivar um pequeno jardim são boas traduções desse tipo de produção inicial.
O trabalho coletivo é estratégia pedagógica para um maior desenvolvimento cognitivo dos alunos e para a ampliação das relações afetivas e estruturação do grupo.

Lev Vygotsky - O teórico do ensino como processo social

O psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) morreu há 74 anos, mas sua obra ainda está em pleno processo de descoberta e debate em vários pontos do mundo, incluindo o Brasil. "Ele foi um pensador complexo e tocou em muitos pontos nevrálgicos da pedagogia contemporânea", diz Teresa Rego, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Ela ressalta, como exemplo, os pontos de contato entre os estudos de Vygotsky sobre a linguagem escrita e o trabalho da argentina Emilia Ferreiro, a mais influente dos educadores vivos.
A parte mais conhecida da extensa obra produzida por Vygotsky em seu curto tempo de vida converge para o tema da criação da cultura. Aos educadores interessa em particular
os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo.

FONTE: Revista Nova Escola

Paulo Freire - O mentor da educação para a consciência

Paulo Freire (1921-1997) foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. O principal livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra.
Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. "Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade", escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.

FONTE: Revista Nova Escola

Célestin Freinet

O educador francês desenvolveu atividades hoje comuns, como as aulas-passeio e o jornal de classe, e criou um projeto de escola popular, moderna e democrática
Márcio Ferrari (Márcio Ferrari)

Muitos dos conceitos e atividades escolares idealizados pelo pedagogo francês Célestin Freinet (1896-1966) se tornaram tão difundidos que há educadores que os utilizam sem nunca ter ouvido falar no autor. É o caso das aulas-passeio (ou estudos de campo), dos cantinhos pedagógicos e da troca de correspondência entre escolas. Não é necessário conhecer a fundo a obra de Freinet para fazer bom uso desses recursos, mas entender a teoria que motivou sua criação deverá possibilitar sua aplicação integrada e torná-los mais férteis.

Freinet se inscreve, historicamente, entre os educadores identificados com a corrente da Escola Nova, que, nas primeiras décadas do século 20, se insurgiu contra o ensino
tradicionalista, centrado no professor e na cultura enciclopédica, propondo em seu lugar uma educação ativa em torno do aluno. O pedagogo francês somou ao ideário dos escolanovistas uma visão marxista e popular tanto da organização da rede de ensino como do aprendizado em si. "Freinet sempre acreditou que é preciso transformar a escola por dentro, pois é exatamente ali que se manifestam as contradições sociais", diz Rosa Maria Whitaker Sampaio, coordenadora do pólo São Paulo da Federação Internacional dos Movimentos da Escola Moderna (Fimem), que congrega seguidores de Freinet.
Na teoria do educador francês, o trabalho e a cooperação vêm em primeiro plano, a ponto de ele defender, em contraste com outros pedagogos, incluindo os da Escola Nova, que "não é o jogo que é natural da criança, mas sim o trabalho". Seu objetivo declarado é criar uma "escola do povo".

FONTE: Revista Nova Escola

Organização do trabalho pedagógico

Ao relacionarmos a organização do trabalho pedagógico ao processo de desenvolvimento de infantil temos que refletir nas seguintes questões:

>Temos oferecido as nossas crianças possibilidades de experimentarem um exercício concreto de escolher e decidir, com ajuda e posteriormente com autonomia, permitindo-lhes tomar em suas mãos a vida da do ensino?;
>Como a mudança na forma de lidar com o tempo possibilita as nossas crianças elaborar a sua vida no processo de aprendizagem? De que maneiras nós educadores temos nos relacionado com nossos próprios tempos: tempo de trabalhar, tempo de descansar, tempo de estudar, tempo de planejar, tempo de ler, tempo de sonhar?;
>Com tantos afazeres, como nos distanciar do tempo que o relógio marca?.

No ambiente de aprendizagem, conhecimentos precisam ser socializados para que os sujeitos deles se apropriem como instrumentos para a leitura e escrita de mundo. Qual relação disso com a organização do trabalho pedagógico? A organização pedagógica didatiza esses conhecimentos, transformando-os em conhecimentos que irão se inserir no processo contínuo de desenvolvimento a aprendizagem de nossas crianças. Temos o desafio de organizar uma prática pedagógica culturalmente relevante e que, ao mesmo tempo, enfatiza o conhecimento formal.
Tanto em situações cotidianas como em situações formais de aprendizagem, o sujeito aprende na relação como o outro. A natureza da aprendizagem humana é sempre social, está sempre ligada a um contexto. Entretanto, para as aprendizagens de práticas sociais e culturais, o sujeito se vale de estratégias distintas daquelas utilizadas para se apropriar dos conhecimentos formais.
A capacidade de o indivíduo adquirir conhecimentos formais não vem acompanhada do domínio automático das estratégias de aprender. No espaço de aprendizagem, o indivíduo depende de uma intervenção intencional do outro para que essas estratégias sejam reveladas. Por isso, parece haver um fosso entre as experiências vividas dentro e fira da escola. Parece que as crianças vivenciam uma cultura distinta da cultura do ambiente de aprendizagem.
Portanto, temos em nossos ambientes de aprendizagem o objetivo de ensinar os conhecimentos formais a partir das práticas culturais que constituem os sujeitos.
Precisamos pensar a ação pedagógica para além da mera transmissão e recepção de informações. Ao discutirem um assunto, planejarem e realizarem uma tarefa, responderem ou formularem perguntas, tomarem decisões, os alunos estarão progredindo nos seus processos desenvolvimento e aprendizagem. Nesse processo, a intervenção intencional do educador é imprescindível e alcançará resultados não visíveis ou imediatamente identificáveis, mas que estarão inserindo os alunos num novo contexto de aprendizagem.

Trabalhando a leitura e a escrita - parte 2

1. Trabalhando a escrita a partir do texto

Algumas possibilidades do trabalho da escrita a partir do texto:

a) Frases:

Escolher frases, para analisar as relações entre as palavras (sintaxe):

>copiar uma oração;
>substituir um sujeito;
>solicitar as crianças que observem as alterações necessárias nos outros elementos (concordância nominal = plural de substantivo, artigos, pronomes/concordância verbal entre sujeito e verbo).

b) Palavras:

>solicitar que as crianças escrevam seus nomes com o alfabeto móvel;
>solicitar que cada uma escolha, no texto, uma palavra que tenha a letra inicial de seu nome e copie-a;
>orientar a análise das palavras: número de letras, separação de cada palavra em pedaços, conforme a emissão, comparação da posição da letra de seu nome na outra palavra, comparação de letras em cada sílaba etc.

2. Produzindo texto a partir de um vídeo

Algumas possibilidades da produção de texto a partir de um vídeo:

>Exibição do vídeo;
>Reflexão sobre o vídeo:
-Explorar as impressões e significados das imagens exibidas na tela.
-Trabalhar os sentidos e significados das imagens exibidas na tela.
-Relacionar com outros vídeos ou textos lidos.

>Utilizar o vídeo para produzir um texto (reescrever a história, escrever a parte que as crianças mais gostaram, escrever um outro fim para a história etc):
-Produzir um texto oral, organizando as ideias e desenvolvendo a narrativa.
-Durante a produção escrita, sinalizar possíveis “erros” de concordância nominal e verbal, buscando sinônimos, verbos significativos... Elaborando períodos com a devida pontuação e não frases soltas.

>Discutindo o texto que foi produzindo com as crianças
-Buscar as relações com as dimensões da linguagem escrita (entonação e melodia, vocabulário, semântica, sintaxe e ortografia).
-Discutir a leitura das imagens, buscando os sentidos e os significados na/da narrativa, comparando com a história original
-Sinalizar as diferenças entre a linguagem oral e a linguagem escrita.

3. Contação de histórias

A contação de histórias permite que as crianças consigam “criar asas para a imaginação”. A partir da contação de histórias vários são os trabalhos que podem ser realizados dentro da escrita. Por exemplo: Reescrever a história contada, desenhar os personagens principais etc.

Trabalhando a leitura e a escrita

Sinalizaremos alguns pontos fundamentais para o trabalho a partir do texto:

>Demonstrar a direção da leitura e da escrita;
>Sinalizar a relação entre a fala e a escrita, ressaltando que muitas vezes não escrevemos como falamos;
>Mostrar o espaçamento entre os vocábulos na linguagem escrita, visto que é diferente do ritmo da linguagem oral;
>Ler o texto apontando a escrita, para que a criança perceba a relação da oralidade com o que está escrito;
>Explicitar as razões da melodia na leitura (paradas/elevação da voz/diminuição da voz) e mostrar como auxilia na compreensão;
>Apresentar as letras de nossa língua;
>Perguntar as crianças se percebem sinais na escrita que não são letras e para que eles servem;
>Destacar, no texto, as palavras que não são conhecidas pelas crianças;
>Trabalhar a relação existente entre as palavras na frase/oração e entre as frases/orações;
>Sinalizar a importância do verbo para o entendimento do texto;
>Mostrar que as ideias/informações de cada pedaço do texto (frase/parágrafo) formam a mensagem do texto como um todo;
>Perguntar se o texto está contando um fato ou se está informando como fazer alguma coisa (como jogar, como fazer uma comida) ou se é uma história da imaginação etc;
>Identificar, junto com as crianças, vocabulários e/ou expressões que gerem articulações com outras áreas de conhecimento;
>Identificar, junto com as crianças, vocábulos e/ou expressões que assumam significados e sentidos diferentes, de acordo com o texto inserido.

Esses itens devem ser trabalhados como um todo, nos momentos específicos de leitura e escrita, nunca por meio de atividades isoladas, de fixação e nem se avaliação.

O que é rotina?

Toda rotina é constituída num processo, dentro de um grupo, sendo o seu primeiro desafio a organização. A rotina dá ao grupo a possibilidade de organizar seu tempo e espaço de forma democrática e produtiva.

Mas rotina não aprisiona? Não limita? Não oprime?

Depende da rotina. Rotina é o elemento estruturante do cotidiano, norteia, orienta e organiza o dia a dia. É fonte de segurança e de previsão dos passos seguintes, o que permite a ansiedade para possibilitar melhor aproveitamento, a rotina dá forma física ao processo de ensino-aprendizagem tão impalpável. Dá formato, marca, pontua, planeja, para que sejam pautados focos, limites, adequações e inadequações.
Percebe-se assim, nesse caso, que a rotina está relacionada a grupo. Um grupo não se estrutura nem opera por uma simples presença física de pessoas no mesmo ambiente e tempo. Precisamos estabelecer objetivos de trabalho para a sua constituição e a rotina pode ser uma aliada na própria forma do grupo efetivar seu processo de aprendizagem. A rotina de trabalho possibilita que cada um se perceba com espaço e função dentro do grupo para que, diante de cada situação, se posicione, contribua ou receba apoio. Fica evidente que, numa concepção de aprendizagem que aponte a interação como meio privilegiado de constituição de conhecimento, é imprescindível a adoção de um trabalho pedagógico que implemente, amplie e fortaleça as formas de interação do grupo.
A palavra de ordem deve ser interação, avançando da perspectiva individual para a perspectiva de grupo.

Fantoche

1. Materiais necessários:

-Bolinha de isopor;
-Tita cor da pele;
-Pedaço de tecido;
-Um palito de churrasco;
-Cola quente, agulha e linha;
-Olhinhos móveis;
-Pedacinho de lã marrom;
-Um pedacinho de tecido ou EVA cor da pele e caneta permanente preta.

2. Instruções:

-Primeiro, pinte a bola de isopor com a tinta cor da pele, e enquanto seca, vamos fazer a roupinha, cortanto o retalho de tecido e fazendo uma barrinha franzida na parte superior.

-Espete o palito para churrasco na cabecinha do fantoche, pois será por onde você vai segurar o fantoche, cole a cabeça dele com cola quente. Depois, é só finalizar colando os olhinhos, cabelinhos de lã e desenhando a boquinha. AH! Não se esqueça de fazer as buchechinhas rosadas!!!







Estruturação Pedagógica

É muito importante que haja dentro de um trabalho relativo a educação uma “estruturação pedagógica”. É necessário que haja dentro do contexto educacional a elaboração de uma estrutura que irá subsediar toda a proposta de trabalho.
Seja isso com projetos, lideranças, ações de trabalho, eventos, entre outros. A estruturação pedagógico equivale à formação, planejamento e execução do trabalho realizado. Ela começa desde uma simples colocação de cargos dentro de um projeto, desde a captação de recursos em geral. Vale lembrar que um projeto sem estruturação pedagógica, não consegue atingir seus objetivos. Pois os objetivos são formados a partir da realidade, na qual, o projeto está sendo executado.

Lembrança - Dia dos pais

Esta é uma ideia muito fácil de ser feita para o dia dos pais: Cartão do dia dos pais!
Não esqueça de clicar na imagem para ampliar!

1. Materiais necessários:

-Folhas de papel vergê azul claro
-Espelho pequeno
-Molde do blog
-Cola quente
-Tesoura
-Saquinho de celofane

2. Instruções:

-Dobre a folha de vergê no meio,
-cole com cola quente o espelho no centro
-corte a mensagem e cole na parte da frente do cartão
-Coloque dentro do saquinho de selofane


Está pronto o seu cartão do DIA DOS PAIS!

Criação do projeto folclore

O mês de Agosto está se aproximando e com ele traz o dia do folclore (22 de agosto) e para que essa data não passe em branco seria interessante a criação de um projeto para ser realizado com seus alunos.
Lembrando que ainda falta alguns dias para a data chegar, mas é melhor planejar antes, do que executar depois. Veja abaixo algumas dicas para o projeto:

-Conheça bem os personagens principais e suas características;
-Conheça o "cenário" onde cada personagem vive (ex.: Curupira - Floresta);
-Faça uso da sua imaginação sem limitações;
-Conheça o dia a dia dos alunos, assim você poderá aplicar as lendas no cotidiano deles;
-Crie diversos recursos visuais para contar histórias;
-Faça do momento de contar histórias, um momento mágico para toda a turma;
-Faça bem a relação entre os personagens folclóricos e os dias de hoje;
-Mostre para os alunos as características do folclore em cada região do Brasil.

Não me esqueci do dia dos pais! Estarei postando algumas sugestões para esse dia.

Dica para projeto folclore

O que é Folclore?

Folclore é o conjunto de manifestações de caráter popular de um povo, ou seja, é o conjunto de elementos artísticos feitos do povo para o povo, sempre ressaltando o caráter tradicional destas representações transmitidas de uma geração para outra por meio da prática.
O folclore varia bastante de um país para o outro e, até mesmo, dentro de um Estado. As diferenças entre as regiões são muito grandes. No caso do Brasil, o folclore foi resultado da união da Cultura a partir da miscigenação de três povos (Europeu, Africano, Ameríndio ). O que resultou é que em muitas regiões brasileiras o folclore é muito diferente, pois devido às influências de cada um destes povos formadores do Brasil, algumas regiões apresentam maior tendência a uma determinada origem.
As manifestações folclóricas brasileiras, na sua grande maioria, são manifestações de caráter de povos mestiços ,ou seja, sofrem influência de diversas raças, apresentando características próprias, bem como manifestações em caráter artístico, possuindo elementos do Teatro, Dança, Música e Artes Plásticas. O termo Folk-Lore foi empregado pela primeira vez em 22 de agosto de 1846, consagrando até nossos dias o mês de agosto como mês do folclore. Com toda intenção dos órgãos encarregados da educação, os trabalhos escolares de pesquisas sobre o folclore são cheios de equívocos, pois os fatos folclóricos não se dão apenas em agosto e sim, durante todo ano letivo. Todos nós, somos portadores do fato folclórico, independentemente de raça, cor, classe social e intelectual. Para um bom resultado pedagógico, cabe ao professor, ao dar aos alunos a tarefa de pesquisa o fato folclórico, orientá-los.O que vale dizer é que o importante para o aluno é conceituar corretamente o termo FOLCLORE e o fato a ser pesquisado; delimitando o campo da pesquisa. Para se pesquisar não é preciso ir longe, pois os fatos folclóricos estão perto de nós, em nossa casa, em nosso bairro, em nossa cidade.
Folk quer dizer povo; lore, o saber, o conhecimento, o costume. Pode-se afirmar: Folclore é o saber vulgar do povo. Não é somente transmitido nas escolas e nos livros e sim também por imitação, ou por força de tanto ver e ouvir .Quatro são as características básicas para um fato folclórico:

1) ser transmitido oralmente, de boca em boca, e não por meios eletromecânicos, como rádio, disco e livro;
2) ser social, praticado por muitos e não por uma só pessoa;
3) ser espontâneo, livre. Quando o professor dá um provérbio para ser analisado sintaticamente pelos alunos, aí não há o fato folclórico; já quando dito pelo mesmo professor ou pelos anos, espontaneamente, para
explicar ou justificar um fato, nesse caso há o fato folclórico;
4) ser anônimo.

Molde de boneca para contar histórias

Este é um molde para ser confeccionado uma boneca para contar histórias. Se você tem um projeto de contação de histórias aproveite! Não esqueça de clicar em cima da imagem para ampliar!








O resgate de brinquedos tradicionais da infância

Brinquedos, que não representam um desafio a quem os manipula, são logo postos de lado e prontamente substituídos por outros que a mídia se empenha em vender.
Acredito que não apenas a cultura implícita nos brinquedos e brincadeiras tradicionais, para não se perderem, terão que ser resgatados pela escola e pela família, como a capacidade imaginativa e criadora de crianças cujos únicos brinquedos são os industrializados pode ficar aquém de suas reais potencialidades.
O resgate de brinquedos e brincadeiras tradicionais, sua produção e as possibilidades de exploração por eles oferecidas devem ser objetivos de toda escola, pois além de fazerem parte da cultura da infância, podem estimular a criatividade, a coordenação motora, a imaginação, a percepção visual, auditiva e tátil e a concentração.
A interação e a socialização entre as crianças é especialmente estimulada nas situações de uso dos brinquedos, nas negociações para a construção dos brinquedos, na troca de idéias entre as crianças e com os adultos e na própria fabricação dos brinquedos pelas crianças.
O conhecimento desses brinquedos tradicionais, como pião, pipa, carrinho de rolimã, vai-vem, bilboquê e outros tantos, além de trazer elementos de cultura, permite um amplo trabalho de aquisição de vocabulário verbal e corporal, na medida em que o contato com estes brinquedos e brincadeiras, a compreensão de suas características, a aquisição das regras e a habilidade de ensinar seu uso permitem às crianças inúmeras oportunidades de se expressarem.
O envolvimento das crianças na pesquisa de brinquedos, seja através da observação dos brinquedos que têm em casa, de conversas com os pais sobre os brinquedos de que gostavam em sua infância ou de visitas a espaços como brinquedotecas, é muito produtivo, considerando que este é um tema altamente significativo e mobilizador para as crianças, pois não apenas fazem parte de sua realidade como são os meios mais adequados para aprender prazerosamente.
Creio que fica evidente, para pais e professores, a importância de valorizar as brincadeiras e brinquedos tradicionais da infância com suas crianças, dando-lhes o tempo, o espaço e a oportunidade de brincarem, de serem crianças e de viverem uma infância que merecerá ser lembrada no futuro como feliz e repleta de brincadeiras. Se os próprios adultos puderem lembrar e reviver suas experiências de infância com seus filhos e alunos, ainda melhor. Se não tiveram esta vivência, eis uma oportunidade nova de brincar...

ETAPAS DA CRIAÇÃO DE UM PROJETO

1. Por que projetos?

O trabalho com projetos dá oportunidades de estimular mais positivamente a criança por meio da riqueza de materiais, experiências e vivências.
Outra característica marcante nos projetos é a possibilidade do desenvolvimento em múltiplas áreas do conhecimento.
O projeto, se bem trabalhado, poderá auxiliar a formação do indivíduo integralmente, com possibilidades de desenvolvimento em diversas áreas.

2. Etapas do projeto

a) Planejamento:

QUÊ?
Sobre o que falaremos, pesquisaremos?
Que falaremos neste projeto?

POR QUÊ?
Por que estaremos tratando desse tema?
Quais os objetivos?

COMO?
Como realizaremos?
Como operacionalizaremos?
Como poderemos dividir as atividades entre os membros do grupo?
Como apresentaremos o projeto?

QUANDO?
Quando realizaremos as etapas planejadas?

QUEM?
Quem realizará cada uma das atividades?
Quem será responsável pelo quê?

RECURSOS?
Quais serão os recursos materiais e humanos necessários para a perfeita realização do projeto?

Esses são, normalmente, os passos verificados no planejamento de um projeto. Não podemos nos esquecer de que um planejamento pode ser alterado no decorrer de sua execução, pois ajustes são necessários ao bom andamento de um processo.

b) Montagem e execução:

Nesta segunda etapa do projeto, é o momento de realizar, colocando em prática tudo o que foi planejado.
É vital a participação do educador como mediador, auxiliando na disponibilização dos recursos materiais necessários à montagem do Projeto e como membro ativo e participante do grupo
É uma fase trabalhosa, mas muito proveitosa. É quando os recursos materiais e instrucionais devem estar à disposição das crianças, como fonte de estímulos.
Nesta etapa o grupo poderá perder o norte na colaboração e na realização do Projeto e cabe ao educador propiciar situações de volta ao equilíbrio e consequentemente segurança.

CONTINUA NO PRÓXIMO POST!

A importância do brinquedo para a infância

O brinquedo representa uma oportunidade de desenvolvimento. Ele traduz o real para a "realidade infantil", suavizando o impacto provocado pelo tamanho e força dos adultos, diminuindo o sentimento de impotência da criança. Os problemas que surgem na manipulação dos brinquedos, jogos, etc, fazem a criança crescer através da procura de soluções e alternativas. Por exemplo, um boneco pode ser um bom companheiro e aliado; uma bola, um promotor do desenvolvimento motor; um puzzle, estimular o desenvolvimento cognitivo; etc.
O desempenho psicomotor da criança enquanto brinca, por exemplo, a correr atrás duma bola, alcança níveis que só mesmo a motivação intrínseca consegue. Simultaneamente, estimula-se a atenção, a concentração e a imaginação e, por consequência, contribui para que fique mais calma, relaxada e aprenda a pensar, estimulando a sua inteligência e autonomia.
O adulto pode (e deve) estimular a imaginação das crianças, despertando ideias, questionando-as de forma a que elas próprias procurem soluções para os problemas que surjam. Além disso, brincar com elas, procurando estimular as crianças e servir de modelo, ajuda-as a crescer.
O brincar com alguém reforça os laços afetivos. Um adulto, ao brincar com uma criança, está-lhe a fazer uma demonstração do seu amor. A participação do adulto na brincadeira eleva o nível de interesse, enriquece e estimula a imaginação das crianças.
O brincar não significa apenas recrear-se, antes pelo contrário, é a forma mais completa que a criança tem de comunicar consigo mesma e com o mundo.
A criança precisa ter tempo e espaço para brincar. É importante proporcionar um ambiente rico para a brincadeira e estimular a atividade lúdica no ambiente familiar e escolar, lembrando que rico não quer dizer ter brinquedos caros, mas fazer com que elas explorem as diferentes linguagens que a brincadeira possibilita (musical, corporal, gestual, escrita), fazendo com que desenvolvam a sua criatividade e imaginação. É a brincar que aprende o que mais ninguém lhe pode ensinar. É dessa forma que ela se estrutura e conhece a realidade. Além de estar a conhecer o mundo, está-se a conhecer a si mesma. Ela descobre, compreende o papel dos adultos, aprende a comportar-se e a sentir-se como eles. É através da actividade lúdica que a criança se prepara para a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, integrando-se nele, adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir, cooperar com os seus semelhantes: a conviver como um ser social.