Mensagem de Fim de Ano

Desde o início, sempre soube que a "educação é uma estação onde o trem não pára". A cada dia vão surgindo novas tecnologias, novas reflexões, novos métodos de trabalho vão sendo adotados pelos Sistemas Educacionais Municipais etc. Dentro de todo esse contexto está inserido um personagem que, muita das vezes, é esquecido: o educador. O que pensa o educador de tudo isso? Como ele tem se preparado para lidar com tanta informação?

Pensando nessas e outras reflexões é que criei o BLOG CRIE PROJETOS, com seu principal objetivo contribuir para que os professores tenham mais uma ferramenta de trabalho e ajuda em suas mãos.

Através de pesquisas, reflexões, discussões, o BLOG cria vida na tela do computador. Sempre foi um sonho pessoal, poder compartilhar minhas ideias com pessoas interessadas em aprender mais e também fazer uso desta mesma ideia.

Uma reflexão pessoal minha é: "professor é aquele que se forma na faculdade, ministra suas aulas, cumpre sua obrigação. Educador é aquele que com poucos recursos consegue abrir a mente daqueles que estão inseridos à sua volta".

Espero que através deste BLOG você tido várias ideias e principalmente um auxílio na sua convivência escolar. Foi muito bom tê-los como maravilhosos internautas acessando este BLOG. Através da minha confiança depositada neste recurso, consegui ter resultados mostrado através dos 2689 acessos somente no primeiro ano de execução deste BLOG. Aguardo vocês no ano que vem!!! Com muitas novidades

Atenciosamente,

Carlos Alexandre

Estudo 4 - Atravessando a inclusão

ESTUDO 4 - ATRAVESSANDO A INCLUSÃO


A educação inclusiva é uma força renovadora na escola , ela amplia a participação dos estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma ampla reestruturação da cultura, da nossa práxis e das políticas vigentes na escola. É a reconstrução do ensino regular que , embasada neste novo paradigma educacional , respeita a diversidade de forma humanística, democrática e percebe o sujeito aprendente a partir de sua singularidade, tendo como objetivo principal, contribuir de forma que promova a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal para que cada um se construa como um ser global.

A instituição escolar precisa redefinir sua base de estrutura organizacional destituindo-se de burocracias, reorganizando grades curriculares, proporcionando maior ênfase à formação humana dos professores, e afinando a relação família–escola , propondo uma prática pedagógica coletiva, dinâmica e flexível , para atender esta nova realidade educacional. A educação inclusiva tem força transformadora, e aponta para uma nova era não somente educacional mas, para uma sociedade inclusiva.

O sistema educacional vigente está calcado na divisão de alunos normais e deficientes, e muitas vezes ignora o subjetivo, o afetivo, e desrespeita a diversidade inerente à espécie humana. O ensino inclusivo respeita as deficiências e diferenças, reconhece que todos somos diferentes, e que as escolas e os velhos paradigmas de educação precisam ser transformados para atender às necessidades individuais de todos os educandos, tenham eles ou não algum tipo de necessidade especial. Se não nos determos nesta nova visão educacional, não conseguiremos romper com velhos paradigmas e fazer a reviravolta que a inclusão propõe.

Para termos um sistema educacional inclusivo, na definição ampla deste conceito, é preciso que partir do princípio de que todas as crianças podem aprender, que se respeite e reconheça as diferenças de, idade, sexo, etnia, língua, deficiências ou inabilidades, que o sistema metodológico atenda às necessidades de todas as crianças. Visar um processo abrangente, dinâmico, que evolui constantemente, não limitado ou restrito por salas de aulas numerosas , nem por falta de recursos adequados. Se pretendemos uma educação inclusiva , é urgente que façamos uma redefinição de planos , traçados na meta de fazermos uma escola voltada para a cidadania global, plena livre de preconceitos , que reconhece e valoriza as diferenças.

Para conseguirmos reformar a instituição escolar, primeiramente temos que reformar as mentes, entretanto, não conseguiremos reformar mentes,sem que se realize uma prévia reforma de instituições. Estamos vivenciando uma crise de paradigmas, e toda a crise gera medos, insegurança e incertezas, mas propõe-se que seja este o momento de ousadia e de busca de alternativas que nos sustente e norteie para realizarmos as mudanças que o momento propõe.

Para que a escola seja um espaço vivo de formação para todos e um ambiente verdadeiramente inclusivo é preciso que as políticas públicas de educação sejam direcionadas á inclusão, que os educadores desacomodem-se, combatendo a descrença e o pessimismo , mostrando que a inclusão é um momento oportuno para professores e a comunidade escolar demostrarem sua competência e principalmente suas responsabilidades educacionais.

Esta mudança de perspectiva educacional, propõe que os educadores façam a diferença buscando conhecimento, e contribuindo com uma prática ressignificada desenvolvendo uma educação baseada na afetividade e na superação de limites, que as crianças aprendam a respeitar as diferenças em sala de aula, preparando-as assim para o futuro , a vida e o mercado de trabalho, pois vivendo a experiência inclusiva serão adultos bem diferentes de nós , e por certo não farão discriminações socias.

A instituição escolar, juntamente com os pais, cabe formar uma rede de apoio para que se possa fazer o melhor por estes educandos, desenvolvendo suas potencialidades e cidadania. A escola é o espaço que pode proporcionar-lhes condições para exercer sua, identidade sociocultural e a oportunidade de ser e viver dignamente.

Recriar um novo modelo educativo com ensino de qualidade, que diga não á exclusão social, implica em condições de trabalho pedagógico e uma rede de saberes que se entrelaçam e caminham no sentido contrário do paradigma tradicional de educação segregadora. É uma reviravolta complexa mas possível, basta que lutemos por ela, que nos aperfeiçoemos e estejamos abertos a colaborar na busca dos caminhos pedagógicos da inclusão.

Nem todas as diferenças necessariamente inferiorizam as pessoas. Elas tem diferenças e igualdades, mas entre elas nem tudo deve ser igual, assim como nem tudo deve ser diferente. Então, como conclui Santos(apud MANTOAN,2003,p.34), "é preciso que tenhamos o direito de sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza e o direito de sermos iguais quando a diferença nos inferioriza."

A luta pela escola inclusiva, embora seja contestada e tenha até mesmo assustado a comunidade escolar, pois exige mudança de hábitos e atitudes, pela sua lógica e ética nos remete a refletir e reconhecer ,que trata-se de um posicionamento social , que garante a vida com igualdade, pautada pelo respeito às diferenças.

Apesar das iniciativas acanhadas da comunidade escolar e da sociedade geral , é possível adequarmos a escola para um novo tempo. Precisamos estar imbuídos de boa vontade e compromisso, enfrentarmos com segurança e otimismo este desafio, enxergarmos a clareza e obviedade ética da proposta inclusiva , e contribuirmos para o desmantelamento dessa máquina escolar enferrujada.

Estudo 3 - Convivendo com as diferenças

ESTUDO 3 – CONVIVENDO COM AS DIFERENÇAS


A dificuldade de aceitar e trabalhar as diferenças na escola pode ter suas raízes no fato de que a sua organização não foi estruturada para atender a todos os setores da sociedade.

Ao pensar na questão da diversidade na escola já estão combinadas três instâncias: social, étnico e gênero. Hoje essas diferenças continuam a rodear as salas de aula, apesar de todo um histórico de experiências para tornar a escola mais democrática.

A cultura escolar, que estabeleceu a unificação de regras, atitudes e conteúdos programáticos para os diferentes tipos de alunos, serviu aquele período de construção nacional, quando as sociedades começavam a adotar a proposta de garantir a igualdade de oportunidades e, através da escola, promover a mobilidade social.

Mas será que um sistema que estabelecia parâmetros a serem seguidos, conteúdos a serem seguidos, conteúdos entendidos como ideais e um grupo hermético de habilidades, atitudes, regras e valores tidos como adequados não estaria menosprezando outros tipos de habilidades ou valores? Além disso, será que essa escola, ao receber alunos de etnias, classes e outras tantas diversidades presentes na sociedade estaria alcançando e sensibilizando a todos de maneira igual? Do mesmo modo que as práticas pedagógicas costumam ser homogeneizadoras e excludentes, o professor também pode aumentar o abismo entre alunos com maior ou menor facilidade de aprendizado formal. Isto se deve ao julgamento, muitas das vezes, preconceituosos dos docentes em relação aos estudantes.

Quando um professor faz uso de estereótipos como “bom aluno”, “esforçado”, “desinteressado”, ele já está agregando valores a determinado tipo de aluno e possivelmente sua afinidade com alguns dele pede maior ou menor atenção.

A tendência de separar bons de maus alunos incorre com um outro problema muito frequente nos bancos escolares. Os professores acabam interagindo melhor com os alunos que se interessam por suas aulas, cumprem as tarefas propostas, respondem as perguntas, tiram dúvidas. Aqueles que por algum motivo ficam dispersos tumultuam as aulas ou não interiorizam os conteúdos na forma e tempo desejados pelos docentes acabam sendo postos em segundo lugar. A motivação do professor pelo aluno com mais facilidade de aprendizagem ou mais interesses teria a ver com a comunicação estabelecida entre o professor e a classe.

Talvez a solução para lidar com as diferenças na escola seja que a formação do professor não seja somente de conteúdos específicos, mas se estenda para outra matriz do conhecimento que abranja ética, antropologia e filosofia. Disciplinas que certamente servirão de reflexão sobre novas concepções de vida, de mundo, de homem. Acredita-se assim ser possível valorizar o outro e compreender diferenças culturais de uma maneira menos etnocêntrica.

Estudo 2 - Sutileza e laços afetivos

ESTUDO 2 - SUTILEZA E LAÇOS AFETIVOS


Quem hoje é adulto e tem a missão de ensinar determinada matéria em sala de aula sabe: quando ainda estava nas carteiras escolares, já presenciou – ou até protagonizou – uma fase de amor platônico por algum professor. Uma admiração além da usual, uma espécie de encanto por aquele que estava ali no quadro, falando, orientando, mostrando um mundo novo.

Não é por acaso que essas situações se repetem. O psicanalista Carlos Lisboa, que tem experiência em sala de aula com alunos do ensino médio, explica que o fenômeno da idealização (que pode descambar para a paixão) está ligado o que em psicanálise se chama transferência.


Alguns alunos vão estabelecendo com seus professores relações que ara eles têm um colorido mais de pai e mãe – tanto pelo viés positivo como pelo negativo. Pode haver identificação por semelhanças com os pais ou, ao contrário, pelo fato de o educador apresentar características que eles gostariam de ver no pai ou na mãe. Aliás, a relação com os pais será a matriz desse processo que se desdobrará ao longo da vida. Somando-se a isso, há uma situação típica: quando uma pessoa se destaca em relação a saberes a ela atribuídos.


A rigor, a idealização, se bem conduzida, é uma ferramenta importantíssima de sucesso para o objetivo proposto: a constituição do conhecimento e dos valores que estão ao alcance do professor. Mas é bom estar atento para também não se deixar levar pela situações. O professor percebe que a admiração que ele desperta naquele ambiente é completamente diferente da que ele já experimentou na vida. E aí vem o outro lado da moeda: a sala de aula vira um lugar extremamente sedutor para esse professor. Por isso é importante manter o “pé no chão”. Até mesmo para ficar atento, caso a idealização ganhe contornos de interesse exagerado.


Para o caso desta paixão, deste sentimento exagerado a que acabo de me referir, o conselho é que o professor (ou professora) deve se afastar cuidadosamente, sem romper, criticar e evitar verbalizar, para que o adolescente refaça a relação de outra maneira e não se sinta humilhado. Tudo isso é muito complexo e delicado, porque não há uma “receita de bolo”: o que vale é o bom senso e a sensibilidade do educador.

Casos extremos –
geralmente, os professores conseguem resolver essas situações discretamente. Mas, em casos extremos, eles podem recorrer à direção ou à orientadora pedagógica. Quando a paixão beira a obsessão, é hora de agir, até mesmo chamando os pais ou responsáveis. O ideal é que os professores estejam preparados para quando isso acontecer, procurando orientação com outros educadores que tiverem essa experiência. Este os alunos mais novos, a admiração exagerada está diretamente ligada à relação com os pais. Já, na adolescência, ao despertar para o sexo oposto. Mas não há um estereótipo. E quem se apaixona mais? Meninos ou meninas? Há muitas atrações pelo mesmo sexo? Isso pode ocorrer na mesma proporção entre meninos e meninas. No caso da busca pelo mesmo sexo, a frequência seja bem menor. Primeiro porque a homossexualidade ocorre com menos frequência do que a heterossexualidade. E segundo porque um menino ou uma menina com tendência homossexual ainda estará, nessa fase, envolvido numa série de conflitos que essa escolha acarreta.

Sala de educadores - Editorial

EDITORIAL


Uma das ações do BLOG CRIE PROJETOS é auxiliar o professor na sua convivência escolar e na sua prática educativa no cotidiano escolar através de vários materiais pedagógicos de formação continuada.

O projeto "Sala de Professores" tem como objetivo trazer aos professores, variados estudos que abordam a convivência pedagógica e o ambiente escolar no qual os professores estão inseridos.
Através de vários textos que trazem abordagens pedagógicas sobre mídia-educação, evasão escolar, relações interpessoais etc.

Ao ler todos os estudos, espero que contribua para uma melhor convivência entre professores dentro do ambiente escolar e muito mais, auxiliar na formação pessoal do professor

Sala de Educadores - Capa


Eis a imagem da nossa apostila do projeto Sala de Educadores. Basta clicar na imagem e imprimir. Espero que este projeto contribua para a boa convivência e a prática pedagógica de todos vocês.

Sala de Educadores

PREZADOS PROFESSORES,

Iniciaremos uma série de postagens que falam a respeito de assuntos do cotidiano dos professores dentro da escola. Iremos chamar esta série de Sala dos Educadores. Você pode imprimir as postagens e criar uma apostila personalizada deste tema. Os assuntos da apostila serão sobre o cotidiano das escolas e como os professores enfrentam essa situação. Abaixo segue o estudo de nº 1.
______________________________________________________________________

ESTUDO 1 - EVASÃO ESCOLAR


A evasão escolar é um problema complexo e se relaciona com outros importantes temas da pedagogia, como formas de avaliação, reprovação escolar, curriculum e disciplinas escolares, considerando os altos índices de evasão, fomos motivados a pesquisar as causas que levam a tal problema e sentimos a necessidade de saber o que a escola tem feito para reverter esse quadro.

Este é um dos maiores problemas enfrentados atualmente na educação. Muitos alunos que iniciam a vida escolar infelizmente não chegam a concluí-la. São várias as causas que contribuem para a formação desse quadro como problemas sócio-econômico, distância, cansaço, desestruturação familiar, necessidade de complementação de renda familiar entre outros.

Estas causas são concorrentes e não exclusivas, ou seja, a evasão escolar se verifica em razão da somatória de vários fatores e não necessariamente de um especificamente. O importante é diagnosticar, detectar o problema e buscar as possíveis soluções, com intuito de proporcionar o retorno efetivo do aluno à escola. Esses problemas estendem-se a todos os aspectos e níveis do processo educacional, desde as 1ª séries do ensino fundamental até o ensino superior.

E necessário pensar, uma vez evadidos da escola para onde vão esses alunos, quem são e quais são os papéis dos autores integrantes desse processo educacional. A evasão escolar faz parte do contexto social e, como tal, sugere análise específica e é motivo para reflexão.

Muitos fatores são determinantes para a ocorrência dessa problemática em relação à Escola não atrativa, autoritária, professores despreparados, ausência de motivação, etc. O Aluno desinteressado, falta de perspectiva para o futuro, indisciplinado, como problema de saúde, gravidez, etc. Pais e responsáveis desinteresses em relação ao destino dos filhos etc. Social trabalho como incompatibilidade de horário para os estudos, agressão entre alunos, violência em relação a grupos, etc.

Diante desse quadro constata-se que a educação não é um direito cuja responsabilidade é imposta exclusivamente a um determinado órgão ou instituição, na verdade é um direito que tem seu fundamento na ação do estado e do município, mas que é compartilhada por todos ou, seja, pela família, comunidade e sociedade em geral, estes parceiros devem atuar de forma harmônica ou num regime de colaboração mútua e recíproca, sendo que dependendo de cada situação, acabam atuando de forma direta ou indireta, para garantia da educação.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/34585/1/A-EVASAO-ESCOLAR-E-A-APRENDIZAGEM-Uma-reflexao/pagina1.html#ixzz16sXlPJtm