Toda rotina é constituída num processo, dentro de um grupo, sendo o seu primeiro desafio a organização. A rotina dá ao grupo a possibilidade de organizar seu tempo e espaço de forma democrática e produtiva.
Mas rotina não aprisiona? Não limita? Não oprime?
Depende da rotina. Rotina é o elemento estruturante do cotidiano, norteia, orienta e organiza o dia a dia. É fonte de segurança e de previsão dos passos seguintes, o que permite a ansiedade para possibilitar melhor aproveitamento, a rotina dá forma física ao processo de ensino-aprendizagem tão impalpável. Dá formato, marca, pontua, planeja, para que sejam pautados focos, limites, adequações e inadequações.
Percebe-se assim, nesse caso, que a rotina está relacionada a grupo. Um grupo não se estrutura nem opera por uma simples presença física de pessoas no mesmo ambiente e tempo. Precisamos estabelecer objetivos de trabalho para a sua constituição e a rotina pode ser uma aliada na própria forma do grupo efetivar seu processo de aprendizagem. A rotina de trabalho possibilita que cada um se perceba com espaço e função dentro do grupo para que, diante de cada situação, se posicione, contribua ou receba apoio. Fica evidente que, numa concepção de aprendizagem que aponte a interação como meio privilegiado de constituição de conhecimento, é imprescindível a adoção de um trabalho pedagógico que implemente, amplie e fortaleça as formas de interação do grupo.
A palavra de ordem deve ser interação, avançando da perspectiva individual para a perspectiva de grupo.
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