CANTINHO DA LEITURA DIFERENTE - TEXTOTECA


Os diferentes suportes textuais que circulam na sala de aula, podem ser envolvidos na organização da “textoteca”. Trata-se de um local ou um mural específico somente para fixar e deixar a disposição dos alunos, diferentes tipos de gêneros textuais (jornais, bula, revista, convites etc) de forma coletiva ou não, selecionando materiais que “sirvam para ler”, em diferentes ambientes.

  • Os textos avulsos disponíveis devem ser analisados e organizados pelos alunos, com a ajuda do educador, em caixas ou preferencialmente em pastas com classificador, de acordo com as características inerentes a cada um.   
  • O educador deve propor aos alunos que analisem os textos, buscando elementos e atributos de forma a classificá-los de acordo com a função da linguagem que predomina, como por exemplo, se servem principalmente para: informar, expressar sentimentos ou convencer alguém sobre algo. E de outra forma, poderão classificá-los de acordo com o tipo de estrutura da linguagem, ao que Kaufman e Rodrigues denominam de trama: “[…] diferentes maneiras de entrelaçar os fios, de tramá-los, de tecê-los, isto aos diversos modos de estruturar os recursos da língua para veicular as funções da linguagem.” (1995, p.16). 
  • O educador pode organizar fichas com perguntas que auxiliem os alunos a inferirem sobre o tipo de texto que estão analisando. 

EXEMPLO A – Texto 1: Encarte de supermercado Para que serve? Onde podemos encontrar? 

EXEMPLO B – Texto 2: Fábula O fato narrado pode acontecer de verdade? Por quê? Como sabemos que este texto apresenta uma história? 

  • Conforme o nível de ensino dos alunos ou da faixa etária, poderão ser feitas questões mais complexas tanto em relação ao conteúdo, no que se refere ao sentido dos textos, quanto às questões gramaticais pertinentes a cada tipo de texto como: uso de pontuação, tempo verbal da narrativa, uso de figuras de linguagem, etc.  A “textoteca” será um recurso simples e bastante oportuno ao trabalho de letramento, uma vez que o educador poderá solicitar que os alunos pesquisem os materiais escritos em seu acervo, quando houver necessidade de produzir algum tipo de texto específico, relativo a alguma atividade do projeto. 
  • A partir de pesquisa realizada na “textoteca”, o educador, preocupado com o letramento, poderá lançar mão de textos que contemplem uma estrutura própria dos textos científicos, tais como relatórios, definições e fichas de registros de observação. Partindo da análise da estrutura linguística destes textos, o educador orienta a produção dos textos que serão utilizados no desenvolvimento das atividades do projeto, sempre partindo dos modelos de escrita, tais quais elas se apresentam no cotidiano, na vida social. Para isso, o educador não deve se esquecer de planejar situações em que os alunos reflitam e se posicionem sobre o que estão estudando.

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