A Imortal Obra de Noel

Apesar da morte precoce (aos 26 anos) Noel deixou uma extensa e magnífica obra, que vem sendo revisitada e estudada por diversos nomes da cultura brasileira. Ao todo foram mais de trezentas composições, sendo gravadas pelos mais importantes intérpretes da época, e da atualidade.

Noel era um grande cronista de sua época, com bom humor registrou diversas passagens que comprovam toda a sua genialidade, que das quais eu conheço, agora me recordo de duas: certa vez Noel foi apresentado pela dona de uma festa no bairro da Tijuca a uma moça que já tinha sido sua namorada. Ao lado de seu novo namorado, para surpresa do ex, ela tentou encobrir o romance anterior dizendo: “Prazer em conhecê-lo” Diz que Noel não gostou da situação e abandonou a festa com seus amigos. Foram diretamente a um bar e pede um papel ao garçom, e assim escreve “Prazer em Conhecê-lo”, um bom exemplo de suas grandes composições.

O sambista chegou ainda a estudar medicina, e em uma prova de anatomia respondeu dez questões em prosa e verso, o professor achando um absurdo deu a nota zero a Noel, mas conta-se que as respostas estavam rigorosamente corretas.

Entre suas composições estão os grandes clássicos: “Palpite Infeliz", "Feitiço da Vila", "Conversa de Botequim", "Último Desejo", "Silêncio de um Minuto", "Pastorinhas" e "Com Que Roupa?".

Vários livros foram lançados a respeito da vida e obra do artista, destacam-se: O Songbook Noel Rosa 1, 2 e 3 (livros com suas partituras por Almir Chediak), "No Tempo de Noel Rosa", escrita pelo amigo Almirante, e a essencial "Noel Rosa: Uma Biografia" de João Máximo e Carlos Didier. Noel Rosa foi ainda destaque várias vezes no cinema, em longas metragens, e em peças de teatro.

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